2009-09-10 19:43:40

DOCUMENTÁRIO SOBRE MATEUS RICCI, APÓSTOLO DO CRISTIANISMO EM TERRAS CHINESAS


Veneza, 10 set (RV) - O patriarca de Veneza, Cardeal Angelo Scola, participou esta manhã, no âmbito do 66º Festival de Cinema de Veneza, da apresentação do filme-documentário "Mateus Ricci, um jesuíta no reino do dragão", organizada pela Fundação Ente do Espetáculo.

Foi uma ocasião para refletir sobre a importância histórica e missionária do grande jesuíta que levou à China do Séc. XVI a Palavra de Cristo e a mensagem do Evangelho.

Tendo em vista o quarto centenário de morte de Mateus Ricci – a ser celebrado no próximo ano - o documentário a ele dedicado foi escrito e dirigido pelo cineasta albanês Gjon Kolndrekaj. O apóstolo do cristianismo em terras chinesas deu-nos um modelo atual de inculturação do Evangelho e de evangelização das culturas.

Na apresentação do filme-documentário, o purpurado evidenciou a vocação da cidade de Veneza como lugar de intercâmbio e de encontro entre culturas portadoras de valores e de sementes de humanidade. A Rádio Vaticano perguntou ao Cardeal Scola se Mateus Ricci, como homem de Igreja, e Veneza, como cidade do diálogo, encontram uma vocação comum...

Cardeal Angelo Scola:- "Diria que sim, que encontram uma vocação comum. Uma vocação ligada à extraordinária figura desse grandíssimo jesuíta e à sua entusiasta busca de um caminho de inculturação na grande China. Esse caminho seguiu um método preciso: podemos chamá-lo de método da amizade, da partilha. O que mais me impressionou ao voltar a minha atenção para esse missionário foi justamente a "amizade como método de inculturação", ousaria dizer, exatamente essa fórmula. A inculturação não é uma estratégia, começa a partir de uma partilha. De onde parte? Parte da convicção de que todos os homens, para além de suas radicais diferenças, têm em comum uma experiência elementar: a que os antigos chamavam de "humanitas". Isto é, têm uma visão unitária sobre as questões decisivas da vida, que depois assume os contornos segundo as culturas e as religiões. Ricci considera esse olhar unitário como o valor prático da vida. Essa visão é uma experiência e não uma teoria. Ele não busca uma teoria comum. Ele aposta nessa firme convicção." (RL)







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