Bogotá, 10 set (RV) – O Departamento de Justiça e Paz do Conselho Episcopal
Latino-americano (CELAM), publicou a mensagem final do III Seminário sobre o Tráfico
de Seres Humanos.
Este seminário foi realizado na sede do CELAM, em Bogotá,
organizado pela Seção de Mobilidade Humana, com a participação de 32 pessoas de 13
países, entre eles o Brasil, nos dias 24 e 25 de agosto. O tema debatido foi: A escravidão
contemporânea – tráfico de pessoas iluminado pela exortação do Documento de Aparecida.
Na
mensagem final, lê-se que o tráfico de pessoas produz um dano irreparável entre as
vítimas. Elas perdem não somente a auto-estima, mas sentem vergonha e dor diante da
exploração e de outros abusos e, em muitos casos, tendem ao suicídio.
O tráfico
de pessoas, reconhecido como a escravidão do século XXI, se apresenta em diversas
modalidades: extração de órgãos, adoções ilegais, exploração profissional, trabalhos
forçados, matrimônio servil, exploração sexual, entre outras.
A Igreja tem
tomando consciência da complexidade deste fenômeno, assistindo as vítimas, fomentando
a prevenção e incidindo nas políticas públicas. Nesse sentido, o Documento de Aparecida
convida a restaurar a vida sobre os princípios cristãos. Esta conversão deve chegar
a todos os níveis, recuperando seja a vida e a esperança da vítima, seja a dos envolvidos
no tráfico.
O CELAM pede aos governos que formulem leis que não criminalizem
as vítimas, mas penalizem os delitos do tráfico de pessoas. À mídia, pede-se que faça
a sua parte, sensibilizando e conscientizando a população sobre este drama.
"Somos
conscientes de que, como Igreja, nos encontramos frente a grandes desafios: combater
redes conflituosas e mafiosas; lutar para que as leis sejam cumpridas de maneira justa
e equitativa; evitar que se produzam cada vez mais vítimas e recuperar quem está envolvido."
(BF)