2009-09-09 12:45:10

A Igreja em Portugal não dá orientação de voto, mas pede que se vote em consciência


A Igreja não dá orientação de votos eleitorais mas pede aos cristãos que reflictam nos seus valores e na sua consciência cristã e votem em consonância. Este o apelo deixado pelo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, Padre Manuel Morujão, no final da reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), esta Terça-feira, em Fátima.
A CEP recorda a nota pastoral publicada em Abril, «O direito e o dever de votar». O Padre Morujão frisa ser um dever votar nas eleições mas aponta a necessidade de “se votar segundo a consciência. Concretamente para cristãos, segundo a sua consciência cristã”. “Seria uma contradição acreditar em valores familiares, matrimoniais, da moral, da ética, na economia, e na urna votar contrariamente à própria consciência”.

Em fase de pré-campanha eleitoral para as legislativas marcadas para o dia 27 de Setembro, os partidos políticos apresentaram já os programas que levarão a sufrágio. O porta-voz da CEP indica que os eleitores, “olhando para os programas podem perceber em quem votar”. “Não se trata de votar na direita, na esquerda ou ao centro, mas de votar segundo um programa e os seus correspondentes valores, sendo coerente até ao fim”.
Sem avaliar a evolução do debate eleitoral, Padre Manuel Morujão sublinha ser importante a “consciência cristã, mesmo de qualquer cidadão de boa vontade, perceber se os mais desprotegidos são privilegiados, se os valores éticos, nomeadamente a defesa do casamento e da família, são defendidos nos debates”.

Na agenda do Conselho Permanente esteve ainda a preparação da Assembleia Plenária da CEP, agendada os dias 9 a 12 de Novembro. Em causa, na Assembleia, estará a análise da pastoral da Igreja em Portugal. O porta-voz adianta que os bispos vão repensar a pastoral de forma a torná-la “mais organizada e unificada”. “Há um conjunto de delegados diocesanos, enviados pelos bispos, que irão aprofundar um texto base já existente, que irá conduzir a algumas decisões”, acrescentou.
Por sua vez, a Comissão Episcopal das Missões prepara um documento sobre a “dimensão missionária da Igreja, que é essencial. Se a Igreja não vive de portas abertas para o mundo não vive a Igreja de Cristo”. Esta nota pastoral deverá ser publicada no final da Assembleia Plenária.
A CEP prepara ainda um texto sobre “o compromisso dos leigos na vida da Igreja e do mundo”. Decorre o 75º aniversário da Acção Católica e a Igreja quer “sem saudosismos ou exaltação de glórias do passado, que os cristãos leigos sintam verdadeiramente o seu lugar na Igreja e no mundo”.








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