(8/9/2009) Celebra-se hoje o Dia Mundial da Alfabetização. Para esta ocasião,
o Serviço dos Jesuítas para Refugiados da África Oriental ressalta, numa nota, a importância
da educação no sul do Sudão e encoraja o governo local a destinar fundos suficientes
a fim de manter e melhorar os resultados obtidos até hoje no campo da educação. O
organismo exorta também os benfeitores e a comunidade internacional a dar um apoio
adequado. O director do Serviço dos Jesuítas para Refugiados da África Oriental,
Pe. Frido Pflueger, ilustra na nota que "a educação é a chave do desenvolvimento,
pois ajuda a promover a dignidade humana, ajuda as pessoas a realizar as suas potencialidades,
a melhorar as suas qualidades de vida e a tornar – se cidadãos politicamente maduros".
Segundo um relatório, do ano passado, do Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), a frequência escolar no sul do Sudão triplicou nos últimos quatro anos.
Desde 2005, o número de alunos que frequentam as escolas subiu de 343 mil - que era
o número mais baixo do mundo – para 1 milhão e 300 mil. Não obstante esta melhoria,
a frequência escolar das meninas permanece ainda muito baixo em relação aos meninos.
Dificuldades económicas , valores e práticas de carácter sócio cultural, continuam
a impedir que as jovens frequentem as escolas. É preciso conscientizar os pais
e as comunidades sobre o valor da educação, sobretudo para as meninas. Outra questão
sublinhada no relatório do UNICEF é a escassez de professores qualificados e remunerados
que se torna um sério problema para o sistema educacional. Somente 7% dos professores
do ensino primário no sul do Sudão receberam uma formação qualificada.