As religiões podem e devem contribuir para construir a paz: Papa no final da Missa,
referindo o Congresso "Homens e religiões", em Cracóvia, a 70 anos do início da II
Guerra Mundial
(6/9/2009) Já depois da bênção final, Bento XVI quis ainda recordar o Congresso Internacional
“Homens e Religiões”, a decorrer em Cracóvia, sobre o tema “Crenças e culturas em
diálogo”, com numerosas personalidades e representantes de várias religiões, convidados
pela arquidiocese de Cracóvia e pela Comunidade de Santo Egídio, para reflectirem
e rezarem a favor da paz, a 70 anos do deflagrar da II Guerra Mundial. O Papa advertiu
que “não podemos deixar de recordar os dramáticos factos que deram início a um dos
mais terríveis conflitos da história, que causaram dezenas de milhões de mortos e
tantos sofrimentos provocaram ao amada povo polaco; um conflito que viu a tragédia
do Holocausto e o extermínio de outras fileiras de inocentes”.
“Que a memória
destes acontecimentos nos leve a rezar pelas vítimas e por aqueles que continuam feridos
no corpo e no coração. Seja também, para todos, uma advertência a não repetirem tais
barbáries e a intensificarem os esforços para construir no nosso tempo, ainda assinalado
por conflitos e contraposições, uma paz duradoura, transmitindo às novas gerações
uma cultura e um estilo de vida caracterizados pelo amor, pela solidariedade e pela
estima do outro”.
Especialmente importante o contributo que, neste sentido,
podem e devem dar as Religiões:
“Nesta perspectiva, é particularmente importante
o contributo que as Religiões podem e devem dar para promover o perdão e a reconciliação
contra a violência, o racismo, o totalitarismo e o extremismo que deturpam a imagem
do Cristo no homem, cancelam o horizonte de Deus e, em consequência, conduzem ao desprezo
do próprio homem. Que o Senhor nos ajude a construir a paz, partindo do amor e da
compreensão recíproca”.