Genebra, 04 set (RV) - O Comitê Central do Conselho Mundial das Igrejas (CMI),
reunido em Genebra, divulgou, 3ª feira, a “Declaração sobre a crise em Darfur, no
contexto do Sudão”.
O documento expressa a preocupação das Igrejas pelo fato
que desde 2003, o conflito em Darfur desatou uma descontrolada onda de violência que
resultou na morte de milhares de civis e uma imensa crise humanitária. São condenadas
as atrocidades de massa perpetradas contra civis inocentes e o governo é chamado em
causa na defesa de seus cidadãos, sem discriminações por questões étnicas nem por
nenhum outro tipo de afiliação.
Pede-se também que seja garantida a assistência
humanitária ininterruptamente, para enfrentar este “desafio moral para a comunidade
internacional”.
As Igrejas recordam ao governo do Sudão o cumprimento de todas
as declarações e acordos assinados, como o Acordo de Paz e Entendimento, firmado com
o Movimento/Exército de Libertação do Povo do Sudão no sul do país, em 2005. A declaração
também pede às nações da África e à comunidade internacional que apóiem o processo
de paz “através de um diálogo construtivo com todas as partes envolvidas no conflito”.
O
Comitê agradece especialmente às Igrejas por seu “papel significativo em promover
o diálogo inter-religioso e trabalhar pela paz, a justiça, a reconciliação e o respeito
à dignidade e ao bem-estar de todos os habitantes do Sudão”. (CM)