2009-09-04 12:48:02

BISPOS ESTADUNIDENSES REFLETEM SOBRE DIGNIDADE DA VIDA NO LABOR DAY


Washington, 04 set (RV) - A defesa da dignidade humana em todos os campos e em todos os momentos é o conteúdo da mensagem da Conferência Episcopal dos Estados Unidos em vista do Labor Day (O Dia do Trabalho) que se realizará no país próximo dia 7. O título da mensagem é "O valor do trabalho".

Mas o que é o Labor Day? Tudo começou com uma greve realizada em Chicago em 1 de maio de 1886. Indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX pagavam baixos salários e provocavam a deterioração da saúde física e mental dos trabalhadores com jornadas de trabalho que chegavam a 17 horas por dia. Os trabalhadores não tinham férias, descanso semanal e nem aposentadoria. A polícia matou vários trabalhadores que protestavam pelos seus direitos.

Todos os anos esta data é lembrada nos EUA. Para este ano, os bispos estadunidenses chamam a atenção na mensagem para temas quentes que envolvem o país, como a reforma do sistema de saúde e das leis sobre a imigração. O presidente da Comissão Episcopal para o Desenvolvimento Social, Dom William Francis Murphy, bispo de Rockville Centre, ressalta que "nesta data é importante rezar por todos os trabalhadores e para as pessoas que estão desempregadas".

O bispo sublinha ainda, que o Labor Day se realiza num momento de grandes desafios econômicos e recorda as palavras de Bento XVI na encíclica social Caritas in veritate em relação à dignidade dos trabalhadores que deve ser prioridade de toda economia.

O prelado a questão da reforma do sistema de saúde ao tema da imigração. "Como nação devemos nos preocupar com a integridade e com a defesa de nossos confins, mas devemos respeitar a dignidade também dos imigrantes que chegam aos Estados Unidos por razões políticas ou econômicas" – frisa o bispo.

"A maior parte dos imigrantes trabalha duramente, paga imposto, ajuda na segurança social. Eles são elementos positivos em nossa sociedade e muitas vezes não têm acesso ao sistema de saúde. Isso não deve acontecer numa sociedade que respeita os direitos e a dignidade de toda pessoa" – conclui Dom Murphy. (MJ)







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