BISPOS ESTADUNIDENSES REFLETEM SOBRE DIGNIDADE DA VIDA NO LABOR DAY
Washington, 04 set (RV) - A defesa da dignidade humana em todos os campos e
em todos os momentos é o conteúdo da mensagem da Conferência Episcopal dos Estados
Unidos em vista do Labor Day (O Dia do Trabalho) que se realizará no país próximo
dia 7. O título da mensagem é "O valor do trabalho".
Mas o que é o Labor Day?
Tudo começou com uma greve realizada em Chicago em 1 de maio de 1886. Indústrias da
Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX pagavam
baixos salários e provocavam a deterioração da saúde física e mental dos trabalhadores
com jornadas de trabalho que chegavam a 17 horas por dia. Os trabalhadores não tinham
férias, descanso semanal e nem aposentadoria. A polícia matou vários trabalhadores
que protestavam pelos seus direitos.
Todos os anos esta data é lembrada nos
EUA. Para este ano, os bispos estadunidenses chamam a atenção na mensagem para temas
quentes que envolvem o país, como a reforma do sistema de saúde e das leis sobre a
imigração. O presidente da Comissão Episcopal para o Desenvolvimento Social, Dom William
Francis Murphy, bispo de Rockville Centre, ressalta que "nesta data é importante rezar
por todos os trabalhadores e para as pessoas que estão desempregadas".
O bispo
sublinha ainda, que o Labor Day se realiza num momento de grandes desafios econômicos
e recorda as palavras de Bento XVI na encíclica social Caritas in veritate em relação
à dignidade dos trabalhadores que deve ser prioridade de toda economia.
O prelado
a questão da reforma do sistema de saúde ao tema da imigração. "Como nação devemos
nos preocupar com a integridade e com a defesa de nossos confins, mas devemos respeitar
a dignidade também dos imigrantes que chegam aos Estados Unidos por razões políticas
ou econômicas" – frisa o bispo.
"A maior parte dos imigrantes trabalha duramente,
paga imposto, ajuda na segurança social. Eles são elementos positivos em nossa sociedade
e muitas vezes não têm acesso ao sistema de saúde. Isso não deve acontecer numa sociedade
que respeita os direitos e a dignidade de toda pessoa" – conclui Dom Murphy. (MJ)