2009-09-03 11:02:30

"FICHA LIMPA" NA RETA FINAL!


Brasília, 03 set (RV) - O Secretário Geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa; o jurista Aristides Junqueira, representantes de diversas entidades da sociedade civil organizada, artistas e a cidadania realizaram ontem à tarde um ato público na Praça dos Três Poderes, em Brasília, para recordar à sociedade que faltam apenas 200 mil assinaturas para fechar a Campanha Ficha Limpa. Até o momento já foram arrecadadas 1,1 milhão.

O movimento trabalha há mais de um ano para coletar a marca de 1,3 milhão de assinaturas (1% do eleitorado nacional) nos 26 estados da federação e no Distrito Federal. Estes são os últimos dias para aderir à campanha, que visa enviar um projeto de lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos.

A proposta proíbe o registro de candidaturas de pessoas condenadas em primeira instância por crimes como racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas, por compra de votos ou uso eleitoral da máquina administrativa; assim como de parlamentares que tenham renunciado ao mandato para fugir de cassações ou que respondem a denúncias de tribunais superiores do Poder Judiciário.

O ato público de ontem fez parte de uma agenda nacional de mobilização da campanha, coordenada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Para aderir à campanha Ficha Limpa, deve-se entrar no site do MCCE, imprimir o formulário, recolher assinaturas e depois enviar para o endereço indicado no próprio documento.

O MCCE é formado por 42 entidades, dentre as quais a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a CNBB. O movimento é responsável pela primeira lei de iniciativa popular no país, datada de 1999, que combate a compra de votos e o uso eleitoral da máquina administrativa. Esta lei levou à cassação de cerca de 700 políticos brasileiros.
Caso a nova proposta prospere no Congresso, políticos cassados por corrupção eleitoral serão impedidos de se candidatar nos próximos oito anos. (CM)







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