AUDIÊNCIA GERAL: PAPA RECORDA INÍCIO DA II GUERRA MUNDIAL
Cidade do Vaticano, 02 set (RV) - Quarta-feira é dia de Audiência Geral. Bento
XVI deixou esta manhã a residência pontifícia de Castel Gandolfo, para se reunir com
fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI, no Vaticano.
Em sua catequese, o papa
retomou a apresentação dos grandes escritores da Igreja do Oriente e do Ocidente.
Hoje, ele falou de um dos principias protagonistas do monaquismo da Idade Média: Santo
Odon. Ele nasceu no final do século IX, na França, e foi o segundo abade da famosa
Abadia de Cluny. Lá, exerceu uma grande influência nos mosteiros da Europa, difundindo
a vida e a espiritualidade inspiradas na Regra de São Bento.
Entre suas virtudes,
destacam-se a paciência, o desapego pelas coisas terrenas, o zelo pelas almas, seu
empenho pela paz e a concórdia, aspirando ao cumprimento dos mandamentos, e a atenção
aos pobres, jovens e idosos.
Firmemente convencido da presença real de Cristo
na Eucaristia, tinha grande devoção pelo Corpo e o Sangue do Senhor, exortando a uma
celebração cuidadosa do Sacramento. "Somente quem está unido espiritualmente a Cristo
pode receber dignamente seu Corpo eucarístico" – recordou Bento XVI.
Santo
Odon foi um verdadeiro guia também para os fiéis de seu tempo. Propunha uma mudança
radical de vida, fundada na humildade, na austeridade e no desprendimento das coisas
efêmeras, para ansiar a eternidade. Amava contemplar a misericórdia de Cristo - que
ele definia como "amante dos homens" - que morreu por nós.
Depois da catequese,
Bento XVI saudou os fiéis em diversas línguas, entre as quais o português. Vamos ouvir
sua saudação, seguida da Bênção Apostólica: "Saúdo com amizade e gratidão todos
os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os grupos do Brasil. Viestes a Roma
para fortalecer os vínculos de fé, esperança e amor que unem a todos os batizados
na Igreja, que Jesus quis fundar sobre Pedro. Que as vossas vidas, iluminadas pela
fé e perseverantes na esperança, possam sempre testemunhar o amor de Deus. Que as
Suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias".
Em polonês,
o pontífice falou dos 70 anos do início da II Guerra Mundial, recordado ontem em todo
o mundo: "Na memória dos povos, permanecem as tragédias humanas e o absurdo da guerra.
Peçamos a Deus que o espírito do perdão, da paz e da reconciliação conquiste os corações
dos homens. A Europa e o mundo de hoje necessitam de um espírito de comunhão. Devemos
construí-la sobre Cristo e sobre seu Evangelho, sobre o fundamento da caridade e da
verdade". (BF)