IGREJA NA GUATEMALA PEDE ACOLHIMENTO E RESPEITO EM FAVOR DOS IMIGRADOS
Cidade da Guatemala, 1º set (RV) - O bispo de San Marcos e presidente da Pastoral
da mobilidade humana da Conferência Episcopal da Guatemala, Dom Alvaro Ramazzini Imeri,
recorda, na mensagem pastoral "Migração e Fé", que "entre as vítimas da pobreza –
resultado de uma estrutura social injusta e excludente – encontram-se aqueles homens
e mulheres que se vêem obrigados a abandonar a sua pátria porque nela não encontram
um trabalho digno que lhes permita ganhar com o seu suor o pão de cada dia".
"São
aqueles que foram deixados para trás na estrada da vida – prossegue o prelado – feridos
pela falta de oportunidade, assaltados pela violência de um sistema que privilegia
o ter em detrimento do ser e que fez do lucro e do ganho verdades absolutas."
A
mensagem do bispo guatemalteco foi divulgada em vista do Dia do Migrante, que se celebrará
no próximo domingo, dia 6, em seu país – passagem dos migrantes que da América Central
tentam chegar ao México e EUA, colocando em risco a própria vida.
"Nenhuma
comunidade cristã pode considerar-se tal se não acolhe com solicitude e afeto os irmãos
e as irmãs migrantes" – ressalta Dom Ramazzini com palavras que fazem recordar os
dolorosos episódios verificados do outro lado do Oceano Atlântico, no Mar Mediterrâneo,
confirmando a realidade global da migração, que supera toda distância e fronteira.
Recordando
que por ocasião da Conferência de Aparecida – realizada em maio de 2007 – a Igreja
na América Latina e no Caribe reiterou "a opção preferencial pelos pobres", o presidente
da Pastoral da mobilidade humana da Conferência Episcopal Guatemalteca definiu o fenômeno
da migração como "uma oportunidade única para praticar a compaixão e o amor do Bom
Samaritano.
Dom Ramazzini ressalta ainda que "devemos superar uma visão e práticas
meramente assistencialistas – embora necessárias – para encontrar conjuntamente como
Igreja, povo de Deus, Corpo do Senhor, modos e estratégias para alcançar políticas
migratórias que respeitem a dignidade e protejam a vida dos imigrados. (RL)