Manila, 31 ago (RV) – “Os bispos da Ásia propõem como prioridades favorecer
o encontro íntimo e pessoal com Jesus Cristo e a comunhão entre as pessoas através
de um novo fervor nas celebrações eucarísticas”: é o que afirma a mensagem conclusiva
da 9ª edição da Assembleia Plenária da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas
(Fabc).
“Neste sacramento – lê-se na mensagem – o Deus da unidade impregna
e enriquece a nossa vida, pessoal e social, entregando-nos o dom da união com Ele
e com o próximo. As nossas celebrações deveriam suscitar em todos a coragem de construir
autênticas comunidades, onde existam reconciliação, perdão e um maior cuidado dos
pobres e marginalizados”.
O documento da Assembleia Plenária da Federação das
Conferências Episcopais Asiáticas indica que “o amor, aperfeiçoado no sacrifício oferecido
por Cristo e renovado na Eucaristia, gera um estilo de vida e de amor sacrificado
e que somente Ele pode atingir a verdadeira harmonia e paz. A alma da Ásia – prossegue
a mensagem – tem sede de harmonia universal. A Eucaristia responde a essa busca: todo
cristão e toda comunidade devem se transformar naquilo que celebram: unidade na diversidade”.
Os
bispos e os delegados participantes na reunião defendem uma “cultura da escuta que
acolhe a Palavra de Deus de modo contemplativo como Nossa Senhora”. Na sua mensagem
os bispos asiáticos da Fabc lançam um apelo à esperança, vendo a Eucaristia como “uma
memória capaz de sarar o trauma do desespero”. Fazem ainda um apelo à missão: “as
nossas celebrações eucarísticas devem tocar o coração dos asiáticos, que gostam das
cores, das flores, dos símbolos, da música mas também da contemplação”.
A 9ª
reunião plenária da Fabc — a Federação que se reúne a cada 4 anos e este ano contou
com a presença de 117 participantes – concluiu-se com uma celebração presidida pelo
enviado do papa, o Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina
dos Sacramentos, Cardeal Francis Arinze. No encontro final, Padre Catalino Arevalo
recebeu um reconhecimento especial dos bispos da Fabc como “Pai da teologia asiática”.
(SP)