Valores cristãos dentro da sociedade e da economia para superar a crise global
(27/8/2009) Se os institutos de finança mundial, os centros de negócios e bancos
tivessem como prioridade o bem comum das pessoas, a crise global teria sido evitada.
Eles existem não para a obtenção do lucro, mas para servir as pessoas. O lucro é somente
um subproduto da economia." Foi o que disse o arcebispo de Manila, nas Filipinas,
Cardeal Gaudencio Rosales, em declarações à agência missionária AsiaNews, acrescentando
que "a excessiva avidez cega o homem, distanciando-o do recto caminho". A crise,
iniciada no ano passado, está a atingir não só o Ocidente mas também os países em
via de desenvolvimento, como as Filipinas. De facto juntamente com a crise económica
nacional do país asiático, acrescenta-se a grave situação dos dez milhões de trabalhadores
filipinos no exterior. Somente em 2009, mais de 200 mil perderam o trabalho e muitos
deles foram obrigados a regressar ao país, com o consequente empobrecimento das famílias
que dependiam da renda proveniente do exterior. À luz do que afirma o Papa na encíclica
"Caritas in veritate", o cardeal filipino defende que "é necessário redesenhar o quadro
económico para o futuro e trabalhar com determinação para evitar uma nova crise económica
. O purpurado definiu a encíclica como "um instrumento oportuno para chamar a
atenção para um desenvolvimento integral do homem, ao contrário de um desenvolvimento
centrado na avidez e no lucro". Segundo o Cardeal Rosales, a única solução para
a crise é um retorno aos valores cristãos dentro da sociedade e da economia, para
a criação de um mundo no qual predominem a caridade e o amor.