Colombo, 27 ago (RV) – O governo de Colombo libertou 5 sacerdotes católicos
e 177 religiosos hindus, com as respectivas famílias, que se encontravam nos campos
de refugiados de Vavuniya e Cheddikulam. A libertação ocorreu na manhã de ontem, 26
de agosto e foi possível graças à intervenção do Arcebispo de Colombo, Dom Malcolm
Ranjith, que se dirigiu diretamente ao Presidente Mahinda Rajapaksa.
O responsável
pela Caritas Sedec do Sri Lanka, K. Thievendirajah, presente no momento da libertação
contou à agência ÁsiaNews sobre o clima de euforia dos refugiados liberados: “Os religiosos
hindus estavam contentes não somente pela libertação, mas também porque agora poderão
viver junto com suas famílias e moverem-se livremente”. Thievendirajah acrescentou
ainda: “Todos nos contaram os sofrimentos que passaram sem comida e liberdade. Os
sacerdotes estão muito felizes porque – disseram – agora podem novamente falar, trabalhar,
encontrar e servir o povo”.
Os religiosos hindus e suas famílias, 573 pessoas
no total estão agora se transferindo para várias localidades entre Trincomalee, Jaffna
e Batticaloa e será a Igreja Católica a ocupar-se da sua reinserção na comunidade.
Os cinco sacerdotes, ao invés retornarão às suas dioceses de proveniência: Mannar
e Jaffna. Eles são Padre Francis Jude Gananaraj Croos, Padre Edward Selvaraja Mariyathas,
Padre Alfred Vijayakamalan, Padre Anthonipillai Anton Amalraj e Padre Arulanentham
Anton Steephan.
No momento da libertação, ocorrida perto do campo Air force
camp de Vavuniya, estavam presentes representantes do governo de Colombo, da Igreja
Católica e da comunidade hindu da ilha. Os campos de refugiados foram montados depois
do fim do conflito entre exército e os Tigres Tâmeis no último mês de maio. Os campos
receberam cerca de 280 mil pessoas e somente os militares têm livre acesso à área.
A ONU, a Igreja Católica e as organizações humanitárias locais há tempo denunciam
as dramáticas condições de vida nas quais os refugiados são obrigados a viver. Apesar
dos comunicados do governo, ainda não está claro quando os refugiados tâmeis poderão
voltar aos seus lugares de origem no norte do país. (SP)