2009-08-27 12:19:48

IGREJA NO PARAGUAI INDIGNADA COM VIOLÊNCIA


Assunção, 27 ago (RV) - Numa sociedade abalada por insegurança, violência e criminalidade, a Igreja não se cala, e depois do enésimo episódio violento, a Secretaria Geral da Conferência Episcopal Paraguaia emitiu ontem um comunicado.

Juan Ortiz Gómes, 19 anos foi sequestrado e encontrado morto, dia 25, na região de Salto Monday, em Presidente Franco, cidade vizinha a Ciudad del Este. Ele estava desaparecido desde sábado, 22. A vítima é filho de um conhecido advogado de Ciudad del Este, e dirigente do Partido Liberal no Departamento. Inicialmente, os sequestradores pediram uma soma em torno de 100 mil dólares por sua libertação. Após negociações, a família pagou um resgate de 30 mil dólares, e mesmo assim o jovem foi executado.

O comunicado da Conferência Episcopal Paraguaia tem o seguinte teor:

“O seqüestro extorsivo e o assassinato do jovem Juan Ortíz causa dor e indignação não apenas em sua família e entes queridos, mas em toda a cidadania. Fatos como roubos e assaltos fazem lamentavelmente parte do cotidiano do Paraguai. São freqüentes os crimes violentos, que nem sempre se esclarecem, deixando a sombra de suspeitos e impunidade.

O Estado tem a obrigação de proteger a vida e os bens das pessoas, em sintonia com o estrito respeito da dignidade humana, das leis e da Constituição. É necessária uma revisão estrutural dos organismos pertinentes ao Estado, para o fiel cumprimento de seu papel. Os órgãos de segurança devem oferecer segurança; é esta a tarefa do Estado.

Deus quer que todos os seus filhos tenham vida e a tenham em abundancia, em Jesus Cristo. A vida, plena e digna, de cada residente do solo paraguaio, é um dever que envolve todos os cidadãos, mas é responsabilidade fundamental das pessoas encarregadas da administração das instituições públicas.

Urge uma profunda conversão ao Senhor, que mude os corações e as atitudes, a fim de permitir a convivência pacífica e harmoniosa da sociedade paraguaia.

A paz é fruto da justiça e da equidade. “A paz periga quando não se reconhece às pessoas aquilo que lhes é devido em relação à sua condição humana, quando não se respeita sua dignidade, ou quando a convivência não se orienta ao bem-comum”. (CM)







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