Faisalabad, 26 ago (RV) – De vítimas de perseguições a indagados. É o que está
ocorrendo com um grupo de cristãos em Gojra, no Punjab, Paquistão, agredidos no último
dia 1º de agosto por uma multidão de 3 mil muçulmanos enraivecidos. Os fundamentalistas
destruíram casas e queimaram vivas oito pessoas; agora os agentes de polícia, acusados
de não terem feito nada para socorrer os cristãos, denunciam as vítimas das violências.
Depois
do massacre, os cristãos acusaram as forças de ordem de não terem feito nada para
deter os agressores. Nos dias que precederam o ataque, a polícia tinha recebido advertências
de possíveis violências por parte de extremistas islâmicos, mas não adotou nenhum
procedimento para evitar a tragédia.
Em resposta, os agentes de Gojra denunciaram
29 cristãos e 100 pessoas não identificadas, por um presumível “envolvimento” nas
violências. Entre as personalidades cristãs denunciadas estão o bispo anglicano John
Samuel, da Church of Pakistan de Faisalabad e Finyas Paul Randhawa, representante
do conselho municipal.
Dura a reação de ativistas para os direitos humanos,
que definem a descrição das forças de ordem uma “vingança” contra as vítimas das violências.
“Condenamos firmemente essa atitude da polícia” denuncia Atif Jamil, diretor de uma
ong local. “Essa atitude é uma vingança dos agentes e da administração distrital contra
as vítimas cristãs dos incidentes de Gojra”. (SP)