MENSAGEM SOBRE OS 70 ANOS DO INÍCIO DA II GUERRA MUNDIAL
Friburgo, 25 ago (RV) - O presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Robert
Zollitsch, arcebispo de Friburgo, junto com o presidente da Conferência Episcopal
Polonesa, Dom Józef Michalik, arcebispo de Przemyśl, escreveram uma declaração conjunta
onde recordam os 70 anos do início da II Guerra Mundial, em 1° setembro de 1939.
Eles
ressaltam na mensagem que 70 anos atrás as forças armadas da Alemanha invadiram a
Polônia dando início à II Guerra Mundial. "Constatamos que as experiências da II Guerra
Mundial penetraram a memória das pessoas e dos povos, e algumas feridas ainda não
foram cicatrizadas" – frisam eles.
Os prelados recordam que diante das gerações
de sobreviventes e daqueles que tiveram a coragem de proferir palavras de arrependimento
e perdão, "é preciso cuidar para que as novas gerações conservem uma correta compreensão
da II Guerra Mundial".
Dom Zollitsch e Dom Michalik lembram que é preciso fazer
um honesto balanço das atrocidades perpetradas no passado, mas também renunciar aos
estereótipos que tornam mais problemática a justa compreensão daqueles tempos e que
podem diminuir a confiança construída entre poloneses e alemães, não obstante as dificuldades.
Os
arcebispos recordam as vítimas da guerra, os que foram perseguidos e trucidados por
causa de uma ideologia racista, baseada na política de extermínio cujo objetivo era
a submissão de inteiras populações. Eles lembram também que as experiências dos anos
dramáticos da II Guerra Mundial e dos anos sucessivos ainda são atuais. "Algumas tendências
na sociedade ou na política fazem uso propagandista das feridas a fim de despertar
sentimentos alimentados por uma interpretação facciosa da história" – frisam os prelados.
Diante
disso, a "Igreja se pronuncia contra o distanciamento da verdade histórica convidando
a um diálogo intenso" – sublinham os arcebispos que recordam "que a paz entre os povos,
baseada na justiça e na reconciliação, deve ser construída a cada dia e poderá florescer
somente se estivermos prontos a reconhecer as nossas responsabilidades". (MJ)