Nova Iorque, 24 ago (RV) - O futuro da Igreja dependerá em grande parte da
influência dos imigrantes hispânicos e, por sua vez, a Igreja mesma sofrerá a influência
da acolhida que os imigrantes receberão dos católicos que já se encontram nos Estados
Unidos”: foi o que disse o Cavaleiro Supremo dos Cavaleiros de Colombo, Carl Anderson,
durante um encontro realizado nos dias passados no estado do Arizona e que contou
com participação de mais de 20 mil pessoas para homenagear Nossa Senhora de Guadalupe.
“Os
imigrantes – disse Anderson – não são alguma coisa de abstrato. São nossos companheiros
de paróquia e, portanto, serão sempre mais numerosos no futuro”. Segundo a Conferência
Episcopal dos Estados Unidos, os hispânicos representam hoje mais de 35% de todos
os católicos dos Estados Unidos e esse número continua crescendo.
O cavaleiro
supremo dos Cavaleiros de Colombo comparou ainda os imigrantes hispânicos “à mítica
fênix, o pássaro que ressurge a cada 500 anos. Quase 500 anos depois que Nossa Senhora
de Guadalupe transformou esse continente, os nossos irmãos e irmãs hispânicos representam
a possibilidade de um renascimento e de uma revitalização do catolicismo nos Estados
Unidos”. “Hoje, cinco séculos depois que Nossa Senhora de Gudalupe apareceu a Juan
Diego e trouxe uma nova vida espiritual às ruínas de um império devastado – prosseguiu
Anderson no seu discurso – os hispânicos através de sua imagem e da sua mensagem inspiram
uma nova vida na Igreja dos Estados Unidos.
Nós católicos norte-americanos
temos a grande responsabilidade de participar desse processo de crescimento. Não podemos
ser espectadores, devemos ser participantes ativos. “O modo com o qual nós católicos
acolhemos os imigrantes marcará fortemente o futuro tanto da Igreja quanto da Nação”:
isso porque – acrescentou – “sem a nossa ajuda e o nosso apoio podemos esperar que
os imigrantes hispânicos de hoje sejam os pais católicos de amanhã?”.
“Nos
Estados Unidos – explica ainda Anderson – um entre cinco católicos é um imigrado:
essa é uma realidade que não podemos ignorar. Não podemos ficar esperando para concluir
essa missão “, pois “como católicos devemos amar todas as pessoas: o imigrante, o
nascituro, o deficiente. Aquilo para o qual somos chamados a realizar, Nossa Senhora
de Guadalupe já o fez.
“Ela apareceu a São Juan Diego, um humilde indígena.
Ela apareceu como uma mestiça, uma união de culturas européia e americana indígena”.
Seguindo o seu exemplo - concluiu Anderson — devemos abraçar os nossos irmãos e irmãs
imigrantes, conscientes de que eles têm uma dignidade inata como pessoas e que compartilham
uma mesma fé. (SP)