2009-08-20 12:10:18

Cada vez mais vítimas em missões humanitárias salientado no Dia Mundial Humanitário


(20/8/2009) As Nações Unidas assinalaram, esta quarta-feira, o primeiro Dia Mundial Humanitário em homenagem a todos os que perderam a vida em missão. Só este ano, 69 trabalhadores já morreram ou ficaram feridos em acções humanitárias.
O dia 19 de Agosto foi escolhido pela ONU por passarem seis anos sobre o bombardeamento das instalações das Nações Unidas em Bagdade, onde morreram 22 funcionários, entre eles Sérgio Vieira de Mello, chefe da delegação iraquiana da ONU. Ontem, o legado de todos eles foi recordado por Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, numa cerimónia em Nova Iorque, onde salientou a importância da comunidade internacional "renovar o compromisso de ajudar as pessoas vulneráveis, sem voz e marginalizadas, onde quer que estejam. Esta é a missão da comunidade humanitária", defendeu.
"Sem a ajuda humanitária, os direitos humanos básicos de milhões de pessoas, incluindo o direito de procurar asilo, o direito à educação e, mais fundamental, o direito à vida, seriam negados", disse, Navi Pillay, alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos salientando a importância do trabalho comunitário para salvaguardar os direitos humanos e minimizar as crises humanitárias.
Segundo dados da ONU, no ano passado 260 trabalhadores humanitários foram vítimas de ataques ou raptos, 122 dos quais morreram. Foi o número mais alto de sempre. Nos últimos três anos, a média de incidentes subiu 60%, o que leva a ONU a denunciar "uma escalada de ataques" aos trabalhadores humanitários e a exigir que os seus responsáveis sejam julgados e punidos.
Fernando Nobre, presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), admitiu ontem, numa nota enviada às redacções, que a segurança dos agentes humanitários, "hoje vistos como alvos a abater", é um dos três "enormes desafios que se põem a quem se preocupa pelo estado do Mundo em termos humanos". A gestão dos conflitos que se multiplicam pelo Mundo e as questões ambientais (cheias, secas e fome) que criam novos fluxos migratórios são os outros desafios apontados pelo presidente da AMI.







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