Cidade do Vaticano, 18 ago (RV) – Continuam dramáticas as condições de vida
dos cristãos refugiados internos no Paquistão, depois dos ataques de fundamentalistas
islâmicos em algumas áreas do país.
Cerca de 2 mil cristãos estão vivendo na
precariedade total em um acampamento na periferia da capital, Islamabad. A carência
de alimentos e o forte calor estão colocando suas vidas em risco. Até agora, 2 pessoas
já morreram; crianças e idosos são os mais vulneráveis. A maior preocupação é a ameaça
do tifo se propagar.
O governo tranqüiliza, afirmando que cuidará dos refugiados,
mas a comunidade cristã se diz vítima de discriminações. Nas últimas semanas, dois
ataques a aldeias de Korian e Gojra despertaram a atenção mundial para a intolerância
religiosa no país asiático.
Para ofender as minorias, o instrumento mais comum
é a lei da blasfêmia, que prevê penas para os que ultrajam o Corão e o Profeta Maomé.
A Comissão Justiça e Paz da Igreja Católica no Paquistão, a União das Igrejas Cristãs
e diversas ONGs de direitos humanos já definiram esta como uma “lei ruim”.
Com
efeito, os cristãos insistem na ab-rogação da norma, enviando contínuos apelos ao
governo. A comunidade apela de modo especial ao ministro para as minorias, Shahbaz
Bhatti, de quem esperava um maior ativismo na tutela de seus direitos. (CM)