2009-08-17 11:36:10

BISPOS ARTICULAM PARA AMENIZAR CLIMA DE TENSÃO


Bogotá, 17 ago (RV) - “A missão evangelizadora nos territórios de conflito na Colômbia” é o tema geral do II Encontro Nacional de Padres Diocesanos do país, que tem início amanhã, dia 18, e se conclui dia 21 de agosto na sede da Conferência Episcopal Colombiana.

O objetivo do encontro é encontrar respostas “humanas e pastorais” para favorecer a construção da paz e da reconciliação, no contexto de violência e de múltiplas dificuldades para a população e a Igreja.

Na agenda, destacam-se temas como o respeito pelo direito humanitário internacional, o compromisso dos sacerdotes no contexto do conflito e a preparação para o pós-conflito e seus problemas.

Entretanto, há expectativa também pelo encontro, possivelmente em Bogotá, de membros da Igreja colombiana com representantes episcopais de Equador e Venezuela, na tentativa de aliviar a tensão de Bogotá com Quito e Caracas.

“Queremos ver que saídas encontramos. Que soluções podemos propor, sempre baseadas no diálogo” – disse o secretário geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Juan Vicente Córdoba Villota, bispo auxiliar de Bucaramanga.

Na última quinta, o presidente da Conferência Episcopal Equatoriana, Dom Antonio Arregui Yarza, bispo de Guayaquil, adiantou que estava em contato com os episcopados de Venezuela e Colômbia para acertar a reunião, em que se deve discutir e formular um pronunciamento conjunto sobre a situação de tensão entre os três países.

Segundo Dom Córdoba, a idéia do encontro entre os representantes
da Igreja Católica das três nações é compartilhar e debater as realidades de cada país “em modo diferente da política, mas próximo da evangelização”.

Segundo ele, a reunião, que ainda não tem data definida, pode articular um encontro entre os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe; Equador, Rafael Correa, e da Venezuela, Hugo Chávez.
“A partir das realidades nacionais, poderemos planejar uma estratégia de trabalho e discuti-la entre nós ou com nossos, presidentes, oferecendo-lhes nossa mediação. Seria um bom começo de diálogo” – explicou.

Quito rompeu relações diplomáticas com Bogotá em março de 2008
depois de um ataque do exército colombiano a um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) situado em território equatoriano. Durante a ofensiva, foi morto o então “número dois” do grupo guerrilheiro “Raúl Reyes”.

Venezuela congelou as relações diplomáticas com a Colômbia depois que o governo de Álvaro Uribe denunciou o presumível desvio de armas estrangeiras para a guerrilha das FARC.
(CM)







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