2009-08-16 12:22:43

BISPO URUGUAIO CONDENA LEI SOBRE A ADOÇÃO DE CRIANÇAS


Montevidéu, 16 ago (RV) – Através de um duro comunicado, o arcebispo de Montevidéu e presidente da Comissão para a Família da Conferência Episcopal do Uruguai (CEU), Dom Nicolás Cotugno, chamou a atenção para a aprovação de uma lei que permitiria que casais homossexuais adotassem crianças, afirmando que a mesma pode ter graves conseqüências para a sociedade, e especialmente para os menores.

“O tema da adoção de crianças por parte de uniões homossexuais não é um tema de religião, de filosofia ou de sociologia. É algo que refere essencialmente ao respeito da mesma natureza humana”, diz o prelado no comunicado; e acrescenta que “aceitar a adoção de crianças por casais homossexuais é ir contra a mesma natureza humana, e consequentemente é ir contra os direitos fundamentais do ser humano enquanto pessoa”.

No documento, o bispo recorda a doutrina da Igreja, expressa pela Congregação para a Doutrina da Fé no ano 2003, onde se recorda que “reconhecer legalmente as uniões homossexuais ou equiparar-las ao matrimônio significaria aprovar um modelo para a sociedade atual ofuscandor valores fundamentais que pertencem ao patrimônio comum da humanidade”.

Dom Cotugno recorda ainda que “não se respeita o interesse superior da criança quando o que se prioriza é o interesse dos que adotam, pois nestes casos se ‘instrumentaliza’ ou ‘coisifica’ a criança em função do desejo ou o querer de outros e não se atende realmente o que este necessita”.

“Em definitiva – acrescenta -, as crianças não podem ser utilizadas como instrumento para a reivindicação de direitos de pessoas, de grupos; nem a adoção é uma instituição que possa reger-se por critérios de conveniência política. Além disso, elas realmente são discriminadas causando nelas sérios danos, já que poderiam ter sido adotadas por pais naturais”.

O Arcebispo propõe que os dirigentes se preocupem com uma lei de adoção que agilize os trâmites de adoção por pais naturais, já que existem “muitos casais naturais que estariam em condições de adotar e é por este lado que se deve ver a solução. As crianças não necessitam só de alimento e carinho, mas também e especialmente, de formação e projeção como pessoas em uma família natural”. (SP)







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