Colombo, 14 ago (RV) - É urgente acelerar o processo de reintegração e retorno
dos desalojados tâmeis às suas terras e casas após os conflitos dos meses passados:
é o apelo que o novo arcebispo de Colombo, Dom Malcom Ranjith, fez às autoridades
do Sri Lanka. Após a vasta operação militar com a qual no início do verão local o
exército cingalês acabou com os rebeldes independentistas do Movimento para a Libertação
da Pátria Tâmil, pelo menos 200 mil civis - segundo estimativas da ONU -, que se encontravam
nas áreas de combate são ainda hoje obrigados a viver em campos de refugiados administrados
pelo exército nacional.
Nos últimos dias um primeiro grupo de cerca 1.500 deslocados
foi autorizado a deixar os campos para retornar aos seus vilarejos. Apesar do fim
dos conflitos, o governo e, sobretudo, o exército estão atrasando o retorno das populações.
As motivações são muitas: de um lado, em muitas áreas do território controlado precedentemente
pelos guerrilheiros independentistas, ainda devem ter início as operações de desativação
das minas anti-pessoais; do outro, os militares querem controlar a identidade de cada
um dos deslocados antes de permitir que saiam dos campos para evitar que algum guerrilheiro
consiga escapar.
Depois de convidar todos a trabalharem para encontrar uma
solução à atual emergência humanitária, o novo arcebispo de Colombo sublinhou no dia
da sua posse, que o “governo e toda a sociedade do Sir Lanka devem promover a reconciliação
entre norte e sul do país depois de mais de 30 anos de conflito”. (SP)