2009-08-13 12:53:30

Portugal não subsiste sem os imigrantes


(13/8/2009) O Bispo de Leiria - Fátima, D. António Marto quis unir-se a D. António Vitalino, Bispo de Beja, e à Cáritas desta Diocese “na denúncia da situação de exploração, de extorsão de salários e de violência física a que têm sido submetidos no Alentejo, no distrito de Beja, alguns trabalhadores romenos e tailandeses".
D. António Vitalino, Bispo de Beja, disse esta Quarta-feira em Fátima que Portugal, “apesar da tragédia do desemprego crescente, já não consegue subsistir sem o contributo dos imigrantes”.
O presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana falava na Missa da Vigília da Peregrinação internacional de Agosto, na Cova da Iria, pedindo aos peregrinos presentes que sejam capazes de “viver em paz e em comunhão com todos os nossos irmãos, sejam eles da nossa família ou de outros países, e que em Portugal procuram o que não encontraram noutra parte”.
O Bispo de Beja precisou que “hoje, mais que nunca, vivemos num mundo em constante mobilidade e, mesmo aqueles que aguentam permanecer nas suas aldeias, partilham das alegrias e tristezas, esperanças e desânimos dos seus vizinhos ou familiares que se puseram a caminho à procura de melhores condições de vida ou até mesmo da liberdade, que, por diferentes razões, lhes era negada na sua terra natal”.
Numa Missa votiva pela paz e pela justiça, D. António Vitalino pediu que “haja verdadeiro crescimento e desenvolvimento”, sublinhando que sem paz e justiça “o progresso não é possível ou sê-lo-á apenas para alguns, aumentam as desigualdades, o fosso entre ricos e pobres torna-se cada vez mais profundo, o pomar dos ricos sobranceia com o deserto de grande parte da humanidade”.
“Aqui surgem a inveja, o descontentamento e até a revolta, que minam a paz, a tranquilidade e a segurança de todos”, alertou.








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