Castel Gandolfo, 12 ago (RV) - O papa concedeu esta manhã audiência geral aos
peregrinos e fiéis, no pátio interno da residência de Castel Gandolfo. Bento XVI permanecerá
nesta localidade até setembro, descansando e escrevendo, mas sem deixar de cumprir
este encontro semanal, oportunidade de saudar os presentes em várias línguas.
A
breve catequese de hoje teve como centro a solenidade da Assunção de Maria, que nós
no Brasil celebraremos no domingo próximo. Em francês, o papa disse:
“Neste
ano sacerdotal, devemos ver Maria como a Mãe de todos os padres. Na Cruz, Jesus proclamou
sua maternidade espiritual e universal. Ao fazer o dom de sua mãe a todos, Jesus a
quis confiar especialmente a seus discípulos, aos padres, que são chamados, mais do
que ninguém, levá-la para suas casas, ou seja, introduzi-la no dinamismo de sua existência
e no horizonte de seu apostolado”.
Em inglês, o papa saudou os peregrinos
de Malta, Austrália e EUA, dizendo que a Maria, Mãe dos padres, vela por eles com
carinho especial, como se fossem seus filhos:
“De fato, a missão dos sacerdotes
é semelhante à de Maria: os padres são chamados a propagar o amor salvador de Cristo
ao mundo. Na Cruz, Jesus convida todos os fiéis, mas de modo especial, seus discípulos,
a amar e venerar Maria como sua mãe”.
Bento XVI pediu aos fiéis que abram um
espaço para Maria em suas vidas e busquem a sua assistência cotidianamente para serem
testemunhas do Evangelho de Jesus.
Já em alemão, o papa frisou que a solenidade
da Assunção de Nossa Senhora recorda aos cristãos que nossa vida não termina com a
morte, mas deve ser inspirada, ao lado dos santos.
Em seguida, o pontífice
cumprimentou os peregrinos de língua espanhola, os poloneses, e no final do encontro,
os italianos. Dirigindo-se aos jovens, doentes e recém-casados, Bento XVI recordou
a memória de Santa Clara de Assis (celebrada ontem), que soube viver com coragem e
generosidade sua adesão a Cristo. “Imitem seu exemplo, para responderem fielmente
ao chamado do Senhor” – exortou.
E antes de se despedir dos fiéis, o papa
se referiu ao momento difícil que Japão e Taiwan estão atravessando. Depois da passagem
do devastador tufão Morakot, que deixou pelo menos 80 mortos e 61 desaparecidos no
sul de Taiwan, um terremoto de 5 graus na escala Richter, seguido de duas réplicas,
abalou hoje o noroeste da ilha.
No Japão, a tempestade Etau aproximou-se da
ilha central e de Tóquio, horas depois de um terremoto de magnitude 6,5 que assustou
os moradores e afetou os transportes, mas sem provocar danos graves.
“Meu
pensamento se concentra agora nos povos que nos últimos dias foram atingidos pela
violência do tufão que passou por Filipinas, Taiwan e algumas províncias do sudeste
da China e do Japão, país que acaba de ser abalado por um forte terremoto. Desejo
manifestar a minha solidariedade a todos os que se encontram em situação difícil,
e convido todos a rezar por eles e por aqueles que morreram. Espero que não faltem
ajudas materiais e conforto espiritual para os desamparados”.
Fortalecidos
pela catequese e unidos na oração por estes povos castigados por esta série de desastres
naturais, os fiéis, turistas e peregrinos receberam a benção apostólica.(CM)