Washington, 11 ago (RV) – Muitos jesuítas tornaram-se famosos por sua loquacidade.
No entanto existe um que deveria ser recordado por ter mantido a boca fechada. Pe.
Anthony Kohlmann, um jesuíta alemão que residiu por muitos anos nos Estados Unidos,
viu-se envolvido, nos primórdios do século XIX, numa causa legal que provocou muitos
comentários controvertidos.
Pe. Anthony se ocupara da restituição de determinados
bens que haviam sido roubados por um ladrão. A pessoa que havia sido lesada pelo furto,
entrou com uma ação legal perante o tribunal, exigindo que o religioso identificasse
o ladrão, ou seja, dissesse o seu nome.
Mas o jesuíta se recusou a fazê-lo,
argumentando o segredo de confissão para amparar sua posição. O tribunal reconheceu
seu direito de manter o segredo. E o princípio do "privilégio do confessionário" foi,
mais tarde, sancionado pela lei, como extensão da primeira emenda à Constituição dos
Estados Unidos, que reconhece a liberdade de religião. (AF)