ONU: ÍNDIOS, PATRIMONIO COMUM DA HUMANIDADE

Nova York, 09 ago (RV) - Hoje, no dia em que a ONU celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas, o Secretário-Geral Ban Ki-moon publicou uma mensagem pedindo o fim da disparidade entre o reconhecimento formal dos direitos dos povos indígenas e a real situação.

O motivo da exortação é a constatação de que em muitos países, os nativos continuam sendo a população mais marginalizada, que suporta, de modo desproporcional, pobreza e carência de instrução.

“Muitos enfrentam cotidianamente discriminações e racismo; suas línguas são censuradas ou ameaçadas de extinção, seus territórios são sacrificados em prol da exploração mineraria e do desflorestamento”.

Ban Ki-moon recordou também a necessidade de informar as populações indígenas sobre a difusão da AIDS: “É fundamental que os índios tenham acesso às infra-estruturas de pesquisa, cura e proteção”.

Em outro ponto da mensagem o secretário-geral da ONU alerta para a importância da defesa da cultura e tradição indígena: “Os povos indígenas do mundo – 370 milhões de pessoas, em 70 países – são custódios de algumas das áreas biologicamente mais diversas da terra; falam a maior parte das línguas do mundo; seu saber tradicional, a diversidade cultural e os estilos de vida sustentável fazem deles uma contribuição inestimável para o patrimonio comum do mundo”.
(CM)