Hiroshima, 6 ago (RV) - Hoje o mundo recorda o 64º aniversário do lançamento
da bomba atômica que atingiu Hiroshima e matou 140 mil pessoas. Três dias depois da
explosão em Hiroshima, outra bomba foi lançada sobre Nagasaki, matando pelo menos
80 mil pessoas. O Japão se rendeu menos de uma semana depois.
Durante a cerimônia
oficial de recordação da data (20h15 de ontem em Brasília), no Parque da Paz de Hiroshima,
o prefeito Tadatoshi Akiba pediu a abolição total das armas nucleares.
Diante
de milhares de pessoas reunidas no Parque Memorial da Paz de Hiroshima, Akiba disse
que “apóia o presidente Barack Obama e sente a responsabilidade moral de abolir as
armas nucleares”.
“Por isso – completou – chamamos a nós e a maioria do resto
do mundo de 'Obamaioria', e exigimos que se unam forças para eliminar as armas nucleares
até 2020” – disse o japonês, que é também presidente da associação Prefeitos pela
Paz.
A organização Prefeitos pela Paz, que conta com a participação de mais
de três mil cidades (55 delas latino-americanas), de 134 países, tem o objetivo de
libertar o mundo das armas nucleares até 2020.
O primeiro-ministro japonês,
Taro Aso, participou da cerimônia, ao lado do nicaraguense Miguel D'Escoto Bockmann,
presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas e sacerdote católico. D’Escoto pediu
perdão às vítimas de Hiroshima, afirmando que o piloto do avião Enola Gay, que lançou
a bomba sobre a cidade japonesa, era católico: “Em nome da minha Igreja, peço seu
perdão” – declarou, durante a cerimônia.
O mundo todo recorda hoje o massacre
nuclear que aquelas bombas representaram. Para marcar a data e lançar um apelo pelo
desarmamento nuclear no planeta, o movimento Marcha Mundial pela Paz organiza um evento
que se realiza simultaneamente em 300 cidades no mundo. Curitiba é uma delas.
A
partir das 13h, na Boca Maldita, haverá um ato de conscientização por parte de representantes
do movimento na Capital paranaense. “O ato de conscientização contará com barraca
para adesões e materiais informativos, palestras, painéis expositivos sobre os temas
de violência, guerras e armas nucleares, e das principais iniciativas de conscientização
sobre esta grande campanha mundial.
A programação faz parte das atividades
da Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência, maior iniciativa internacional com o
objetivo de criar consciência para as questões de Paz e Não Violência, idealizada
pelas ONGs Mundo Sem Guerras e o Movimento Humanista.
Além de centenas de iniciativas
em mais de 120 países, uma equipe internacional fará uma marcha ao redor do mundo,
partindo da Nova Zelândia, em 2 de outubro, passando por todos os continentes, para
se encerrar no dia 2 de janeiro de 2010, em Punta de Vacas, aos pés do Aconcágua.
A marcha passa por Curitiba em dezembro deste ano. (CM)