Kathmandu, 04 ago (RV) – Muitos sacerdotes católicos no Nepal receberam graves
ameaçadas de desconhecidos, muitas vezes com o convite para que deixem o país “o mais
rapidamente possível”. Padre Pius Perumana, responsável pelo Centro Pastoral Vianney
em Godavari, informa que nos dias passados desconhecidos pelo telefone deram-lhe um
mês como tempo para deixar o Nepal, se não quiser sofrer graves conseqüências. “Não
me pediram dinheiro”, afirmou o padre.
O sacerdote apresentou denúncia, mas
as autoridades não adotaram alguma medida de proteção para o Centro pastoral. O desconhecido
disse pertencer ao Exército para a defesa do Nepal, grupo extremista hindu guiado
por R.K. Mainali, suspeitado de ser o responsável pelo assassinato de Padre John Prakash
e da bomba lançada contra a Igreja da Assunção em Kahtmandu no dia 23 de maio. Por
causa desse atentado foi presa uma mulher membro do grupo.
No dia 20 de julho
à noite tocou a frei Benjamin Pampackel, superior da Escola católica Don Bosco em
Lubhu, a cerca de 8 Km de Kathmandu, receber ameaças. Desconhecidos telefonaram e
disseram ao guarda noturno, que quem serve os cristãos corre perigo de vida, aterrorizando
o funcionário da escola.
O bispo do Nepal, Dom Anthony Sharma, convida à prudência.
Ele afirma que não recebeu pessoalmente ameaças e que as autoridades foram avisadas
sobre todos esses episódios. Mas a preocupação entre os fiéis é alta, porque se têm
notícias de que também os protestantes receberam ameaças. (SP)