2009-08-02 15:44:50

HORROR NO PAQUISTÃO: CRISTÃOS QUEIMADOS VIVOS


Gojra, 02 ago (RV) - Horror no Paquistão: sete cristãos, entre os quais uma criança e quatro mulheres, foram queimados vivos por um grupo de fundamentalistas islâmicos nas proximidades de Gojra, província de Punjab. Outras 18 pessoas ficaram feridas durante o incêndio de mais de 50 casas causado por uma multidão de muçulmanos que protestavam pela suposta profanação de um exemplar do Alcorão.

O fato ocorreu ontem na cidade de Gojra, que sofre com a violência religiosa desde quinta-feira, dia no qual, segundo os muçulmanos, vários cristãos profanaram uma cópia do Alcorão, informou o canal televisivo Dawn. “Alguns muçulmanos locais acusaram Talib Masih, Mukhtar Masih e Imran Masih de queimar o Alcorão. Os acusados negaram veementemente o fato, mas uma multidão de muçulmanos zangados queimou várias casas de cristãos”, denunciou em comunicado a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão.

Segundo fontes citadas pela imprensa local, a maior parte dos atos violentos foi cometida por jovens que tinham os rostos cobertos com lenços e começaram a lançar gasolina e atirar contra as casas. A maioria dos moradores da colônia conseguiu escapar e colocar-se a salvo, mas pelo menos sete pessoas ficaram presas em suas casas devido às chamas e morreram queimadas.

A Polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, e vários funcionários acudiram pouco depois ao local para convencer os líderes religiosos que pusessem fim a seus protestos.
Segundo a Comissão Nacional de Justiça e Paz, organismo da Igreja católica paquistanesa, esses ataques são freqüentes no Punjab e são quase sempre ligados a falsas acusações de blasfêmia.

O Papa na intenção missionária de agosto convida a rezar precisamente pelos “cristãos que são discriminados e perseguidos por causa do nome de Cristo”, a fim de que sejam reconhecidos a eles “os direitos humanos, a igualdade e a liberdade religiosa” de modo que “possam viver e professar livremente a sua fé”.

Os cristãos compõem menos de 2% da população do Paquistão, um país majoritariamente muçulmano onde a profanação do Alcorão pode terminar com a pena de morte. (SP)







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