2009-07-31 12:03:13

NIGÉRIA CORRE O PERIGO DE ISLAMIZAÇÃO RADICAL


Roma, 31 jul (RV) - A Nigéria corre o perigo de ser submetida a uma “islamização” radical, afirma o diretor do Instituto Católico para o Desenvolvimento, a Justiça e a Paz no Estado nigeriano de Enugu, Padre Obiora Ike. Falando com a associação caritativa Ajuda à Igreja que Sofre, o sacerdote citou os recentes conflitos entre o movimento islâmico radical Boko Haram (“A Instrução é pecado”) e as forças de segurança, que provocaram pelo menos 600 mortes.

Para o Padre Ike, após os últimos ataques que sucedem desde 24 de julho no norte da Nigéria, o país atingiu um “novo nível” de violência. Os conflitos entre as forças de segurança se verificaram após os assaltos de Boko Haram às delegacias de polícia em quatro Estados como represálias à prisão dos líderes do grupo, que pedem a imposição da lei islâmica, shariá.

A violência teve início no Estado setentrional de Bauchi, de maioria muçulmana, difundindo-se aos vizinhos Estados de Yobe, Kano e Borno. “Até o momento os islâmicos radicais tinham tomado de mira exclusivamente os cristãos, mas agora se formaram novos grupos radicais que estão atacando todos os organismos ocidentais e também outros grupos muçulmanos”, explicou Padre Ike.

O sacerdote pediu aos governos ocidentais que apóiem a Nigéria na luta contra os militantes islâmicos, assegurando a instrução e reduzindo a pobreza. Os atuais problemas - constata o padre - , são provocados pela “falta de instrução, falta de trabalho, ausência de competências, pouco dinheiro, o que provoca uma falta de sentido de vida”. “Tudo isso leva a abusos ideológicos e ao desvirtuamento da juventude por parte de terroristas”, acrescentou o sacerdote.

Segundo um relatório da Ajuda Igreja que Sofre de 2008 sobre os cristãos oprimidos por causa de sua fé, as comunidades cristãs nos 12 Estados nigerianos onde está em vigor a shariá, sofrem por causa da intolerância e da discriminação. Essas comunidades são acusadas falsamente de blasfêmia em relação ao Islã, têm os seus lugares de culto destruídos; inclusive são vítimas de seqüestro e de conversão forçada de adolescentes ao Islã, sobretudo moças. (SP)







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