Colombo, 30 jul (RV) - O Governo de Sri Lanka pediu à Caritas do país para
que ajude dez mil deslocados situados nos campos de acolhimento em Jaffna, Vavuniya
e Trincomalee.
Acolhendo o pedido do governo cingalês, a Caritas presta assistência
a 83 mil pessoas, vítimas da guerra e pretende utilizar também os fundos provenientes
das doações que o Santo Padre destina às ajudas humanitárias.
No entanto, aumentam
as polêmicas em relação às condições em que vivem milhares de deslocados, após dois
meses do término do conflito entre os insurgentes Tigres de Libertação da Pátria Tâmil
e o exército governamental cingalês.
A organização humanitária Human Rights
Watch (Hrw) difundiu um comunicado onde define os campos de acolhimento como campos
de detenção e pede à comunidade internacional que mostre mais responsabilidade em
relação à situação de emergência em que vivem milhares de pessoas em Sri Lanka.
O
organismo ressalta que um empréstimo de 2 bilhões e 600 mil dólares, aprovado pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI) para a reconstrução do país, não fará esquecer
as violações dos direitos da população tâmil.
A Human Rights Watch convida
os países ocidentais a pressionar o governo cingalês a fim de que modifique sua linha
política em relação aos tâmeis e inicie um processo de reconciliação nacional. (MJ)