ARCEBISPO PEDE MAIS DIÁLOGO PARA RESOLVER IMPASSE EM HONDURAS
Manágua, 30 jul (RV) - O presidente do Secretariado Episcopal da América Central
(SEDAC), Dom Leopoldo José Brenes Solórzano, que é o arcebispo de Manágua, pediu ontem
mais diálogo para resolver a crise política em Honduras.
"A América Central
tem experiência nessas questões, devido aos conflitos que sofreu, porém, no final
solucionamos os problemas dialogando" – disse o prelado, que acrescentou: "Dialogar
às vezes custa, porém é a melhor solução para resolver nossos problemas".
Ele
fez votos para que se encontre uma saída pacífica para a crise, convidando todos os
países centro-americanos a colaborarem para que se restabeleça a paz, a reconciliação
e a fraternidade na região.
Na frente política, os presidentes da América Central
concordaram ontem em aumentar a pressão sobre o governo interino de Honduras, liderado
por Roberto Micheletti.
Os mandatários do México, de países da América Central
e da Colômbia estiveram reunidos para a Cúpula de Tuxtla. Eles estão estudando a possibilidade
de adotar novas sanções que acurralem o governo de Micheletti.
O presidente
da Costa Rica, Oscar Arias, sugeriu que Zelaya deixe a fronteira entre Honduras e
Nicarágua, onde está desde a última sexta-feira, para viajar para as capitais de "países-chave"
no continente, como Chile, Brasil e México, como parte da estratégia de pressão.
Arias
propôs ainda o retorno de Zelaya ao poder, à frente de um governo de união nacional,
para adiantar as eleições presidenciais, de novembro para outubro, com a presença
de observadores internacionais e uma anistia a todos os envolvidos na crise política.
Todavia, ontem o adiantamento das eleições foi considerado inconstitucional pelo tribunal
eleitoral. (BF)