Abuja, 28 jul (RV) - Autoridades da Nigéria reforçaram a segurança no norte
do país depois de dois dias de ataques violentos que deixaram pelo menos 100 mortos
e dezenas de edifícios e igrejas saqueadas.
O presidente Umaru Yar'adua pediu
ao Exército e à polícia para que façam "tudo o que for necessário" para conter a violência
no país.
Soldados bloquearam estradas e o Exército impôs um toque de recolher
nas áreas afetadas dos Estados de Yobe, Borno e Plateau. Além disso, os militares
controlam o acesso às principais áreas urbanas.
Alguns dos militantes seguem
um líder religioso, Mohammed Yusuf, que faz campanha contra escolas que seguem o estilo
ocidental. Para Yusuf, esse tipo de educação vai contra os ensinamentos islâmicos.
A lei islâmica, a xariá, foi imposta no norte do país, mas não há histórico
de violência ligada à Al Qaeda na Nigéria. A população nigeriana, de cerca de 150
milhões de pessoas, é dividida quase que igualmente entre muçulmanos e cristãos e
os dois grupos convivem de forma pacífica, apesar dos episódios ocasionais de violência.
(BF)