HONDURAS: IMPASSE PROSSEGUE E UNICEF LANÇA APELO. OUÇA!
Tegucigalpa, 28 jul (RV) - O Parlamento hondurenho evitou levar a voto ontem
a proposta do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, para superar a crise política
no país por meio de uma grande anistia e do retorno do presidente deposto, Manuel
Zelaya, à frente de um governo de união nacional.
Alegando que a questão tem
aspectos constitucionais que dependem da Suprema Corte, os deputados decidiram submeter
a proposta a uma comissão, descartando, no entanto, qualquer decisão sobre o retorno
de Zelaya.
Enquanto isso, a Missão Internacional sobre Direitos Humanos condenou
a situação humanitária no país, pedindo à comunidade internacional que tome medidas
necessárias para acabar com as detenções arbitrárias.
De acordo com informações
da Telesul, até o momento foram registradas 1.275 detenções vinculadas ao toque de
recolher e a manifestações contrárias à posse de Roberto Micheletti. Além disso, há
inúmeras detenções de estrangeiros, principalmente de origem guatemalteca.
Por
sua vez, os bispos mexicanos se declararam ontem favoráveis a uma solução "de concórdia
e de paz" à crise política que Honduras está vivendo.
Em carta dirigida ao
arcebispo de Tegucigalpa, Card. Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, o presidente da
Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), Dom Carlos Aguiar Retes, apoiou o apelo
pela calma feito a todo o povo hondurenho. A carta manifesta a solidariedade dos mexicanos
ao país centro-americano e reconhece que a situação é complexa e difícil de entender,
"especialmente para quem está fora do país".
A crise política, todavia, está
afetando também as crianças de Honduras, como explica o responsável pelo UNICEF no
país, o brasileiro Sérgio Guimarães: (BF)