Discurso de acolhida do bispo de Aosta, Dom Giuseppe Anfossi, antes do Angelus em
Les Combes neste domingo.
Caríssimo Padre, Em meu próprio nome, no da Diocese
e de todo o povo valdostense, da família salesiana, dos turistas e das pessoas vindas
de longe, desejo, mais uma vez, dar-lhe as boas vindas, acrescentando ainda, que o
acolhemos na fé, como aquele que vem em nome do Senhor. Todos nós, sacerdotes e fiéis
da Diocese, os sacerdotes salesianos e as autoridades trabalhamos para que sua estada
pudesse ser tranqüila e agradável, e lhe permitisse o repouso necessário.
Na
esperança de que o nosso intento tenha se concretizado, hoje lhe desejo boa saúde
e serenidade; desejo que se tornou mais forte e mais afetuoso, quando soubemos do
pequeno infortúnio que lhe aconteceu. Neste momento, não posso porém dizer outra coisa,
senão que lhe somos muito reconhecidos por todo o tempo que nos dedicou. Obrigado
pelo dom que nos fez, na última sexta-feira, quando veio à nossa bela e antiga Catedral,
presidir as Vésperas; e obrigado por hoje, pela reflexão que está por nos oferecer
e pela oração do Angelus.
Este ano, recebemos um Papa pela 13ª vez − seu predecessor,
o Servo de Deus João Paulo II, e o senhor. Poderemos nos deixar tomar por uma lógica
mundana e fazer deste acontecimento um motivo de orgulho, ou pior, de mérito. Parece-me
muito importante, ao contrário, convidar a mim mesmo e aos meus diocesanos, a purificarmos
nosso olhar e a enxergarmos sua presença nestes dias, na ótica do discernimento espiritual,
e a responder a pergunta sobre o que o Senhor quer de nossa Diocese, com estas repetidas
visitas e presenças. Fundamentalmente, é um convite para sermos confirmados na fé
e para colhermos tudo o que a conserva e a edifica; é também um convite para não deixarmos
perder as graças particulares que vieram com sua pessoa; especialmente sua úlltima
encíclica Caritas in veritate, como também sua carta pelo início do Ano Sacerdotal,
uma iniciativa que nos colheu de surpresa, mas que nos deu muita satisfação. Limito-me
a dizer-lhe apenas isto: temos o dever de prestar atenção ao que o senhor, Santo Padre,
diz e escreve. Recebo-o como um apelo para aprofundar, para refletir mais sobre o
que fazemos habitualmente, e até mesmo meditá-lo religiosamente. A bem da verdade,
é uma grande graça esta que recebemos do senhor, Santo Padre, por ocasião de sua amável
visita e presença: aprendemos a conhecê-lo também pelas coisas que diz. É também o
início de um diálogo! Escutá-lo: é o que nos preparamos para fazer agora. (CA)