PODER ONIPOTENTE DE DEUS VEM DA GRAÇA E DA MISERICÓRDIA, AFIRMA BENTO XVI NAS VÉSPERAS EM AOSTA

Aosta, 24 jul (RV) - Aosta, 24 jul (RV) - Bento XVI deixou o chalé dos salesianos em Les Combes, onde se encontra hospedado para um breve período de repouso, para ir a Aosta, mais precisamente à catedral, onde presidiu à celebração das Vésperas. Essa visita foi motivada pelo desejo do pontífice, de homenagear um ilustre filho de Aosta, um doutor da Igreja, Santo Anselmo, cujo nono centenário de morte se recorda este ano.
Em sua homilia, depois de ter agradecido a presença de todos aqueles que ali se encontravam para com ele rezar as Vésperas, Bento XVI se deteve sobre a oração que conclui a celebração, sublinhando que, em sua última encíclica, a Caritas in veritate, ele procurou demonstrar a prioridade de Deus na vida pessoal, assim como na história do mundo.

A relação com Deus – sublinhou o papa – é muito pessoal, mas ela não se realiza se as demais relações do homem com o próprio homem não encontram as formas justas de se concretizarem.

Isso vale também – disse o Santo Padre – para a sociedade e para a humanidade enquanto tal, porque também aqui, se falta Deus, se se prescinde de Deus, se Deus está ausente, falta a bússola para nortear as demais relações.

Tomando como base as religiões tradicionais africanas, que se dirigem aos espíritos e afins, por sentirem-nos mais próximos e por acharem que Deus – o único e verdadeiro, cuja existência reconhecem – está muito distante, o pontífice sublinhou que é exatamente nisso que consiste a evangelização: aproximar Deus do homem, torná-lo acessível e visível, a fim de que o homem possa prescindir dos espíritos e divindades várias, assim como dos anseios com que busca cobrir a distância que sente entre Deus e si mesmo.

A seguir, Bento XVI estabeleceu uma comparação entre o poder temporal do homem e o poder onipotente de Deus, salientando que o verdadeiro poder é aquele da graça e da misericórdia. (AF)