2009-07-22 12:57:02

A ENCÍLCIA DE BENTO XVI É UM VADEMECUM PARA O PENSAMENTO SOCIAL DA IGREJA


Nova Iorque, 22 jul (RV) - “Um vademecum sobre o qual medir e focalizar convicções e modalidades de testemunho e proposta do pensamento social da Igreja”. Dessa maneira o Observador permanente da Santa Sé junto à ONU, Dom Celestino Migliore, resume numa entrevista à agência SIR, a importância da encíclica de Bento XVI, “Caritas in veritate”. Dom Migliore recorda que a “doutrina social da Igreja é a carta magna da nossa razão de ser, missão e atividade nas Organizações internacionais”. Neste sentido a “Caritas in veritate” representa um “vademecum”. E é também, acrescenta o arcebispo, “uma importante e exigente credencial para a nossa participação nos debates e negociações sobre temas pertinentes ao desenvolvimento, à liderança mundial, e também à crise econômica e financeira em andamento”.

No atual cenário internacional, sublinha Dom Migliore, a encíclica apresenta diversos temas de reflexão mas também indicações e sugestões. “Entre muitos, sublinharei – diz ainda o arcebispo – o convite e a urgência para redescobrir o verdadeiro sentido da economia e da política que, em nível nacional e internacional, significa que ‘o primeiro capital a ser preservado e valorizado é o homem, a pessoa, na sua integridade’, como escreve o Papa”

A encíclica, afirma Dom Migliore, foi muito bem acolhida pelas instituições internacionais. “Já antes da sua publicação, recebi muitos pedidos do texto”. Sobre a reação, Dom Migliore explica que “nesses ambientes se reage a mente fria, após ter lido com atenção o texto. As reações mais ponderadas e significativas serão feitas durante o debate geral da 64ª sessão da Assembléia Geral, que terá início em meados de setembro”. Naquela ocasião, anuncia o arcebispo, “organizaremos um seminário de apresentação e estudo da encíclica”.

Dom Migliore se detém também nas palavra do Papa sobre a urgência da reforma da Organização das Nações Unidas: “São palavras e indicações que caem em um terreno fértil. Fértil, no sentido de quem está a bordo desta nave geralmente tem uma viva consciência e preocupação pelas barreiras que essa encontra, de certas inadequabilidades suas para enfrentá-las e da urgência de levar a têrmo a preciosa carga para o futuro da humanidade”. Todavia, conclui, “è necessário tornar o terreno fértil também e sobretudo no sentido da receptividade de algumas premissas indispensáveis: em particular em fazer das organizações internacionais um fórum de atenção e resposta concreta aos problemas das populações”. (SP)







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