2009-07-21 15:07:28

Contracção do espaço de acção humanitária» no Mundo, denunciada pelo Alto-comissário da ONU para os Refugiados


(21/7/2009) O Alto-comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR), António Guterres, lamentou esta segunda-feira a «trágica contracção do espaço de acção humanitária» no Mundo, num momento em que as crises humanitárias se multiplicam e agravam.
O ACNUR, liderado pelo antigo primeiro-ministro português António Guterres, e uma organização israelo-palestiniana foram, esta segunda-feira, distinguidos com o Prémio Internacional Calouste Gulbenkian, no valor de 100 mil euros.
  
Falando na cerimónia de entrega de prémios, que decorreu na sede da Fundação, em Lisboa, António Guterres destacou o «enorme valor simbólico» do galardão, que também é «um grande estímulo» num «momento difícil».
 
«É reconfortante receber este prémio num momento em que assistimos à trágica contracção do espaço de acção humanitária a nível mundial, e, por outro lado, à multiplicação e ao agravamento das crises humanitárias no Paquistão, Afeganistão, Sudão e Somália», afirmou.
 
Segundo António Guterres, a diminuição do espaço da acção humanitária deve-se, em primeiro lugar, ao «aumento da insegurança com que os trabalhadores humanitários operam».
 
Infelizmente, «cada vez mais trabalhadores humanitários deixam de ser protegidos em zonas de conflito e passam a ser escolhidos como alvos», criticou, dando como exemplo a morte, na semana passada, de um colaborador do ACNUR num campo de refugiados no Paquistão.
   
Por outro lado, o alto-comissário explicou que a acção humanitária também está a ser contraída pelo «abuso de poder de Governos, reconfortados com o reforço que a soberania dos Estados tem encontrado nas relações internacionais nos últimos tempos».








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