Cidade do Vaticano, 19 jul (RV) - Causa grande impressão a todos que vêm a
Roma, o número significativo de pessoas presentes, aos domingos, na Praça São Pedro,
para rezar a oração mariana do Angelus, com o papa. Seja qual for o papa, faça calor,
frio, chova ou faça sol, a praça fica repleta de pessoas.
Perguntamos-nos
qual o motivo e as respostas aparecem. Poderíamos dizer que é o carisma do Sumo Pontífice
que atrai multidões. É verdade! Antes, com João Paulo II, e agora, com Bento XVI,
seus dons provocam multidões e suas palavras aquecem os corações. Mas e os sinos
que ouvimos em nossas cidades às seis horas da manhã, ao meio-dia e ás dezoito horas?
Por que muitos interrompem suas atividades e rezam, mesmo em silêncio, a oração do
Angelus, como nos fala aquela belíssima pintura de Jean-François Millet, de 1859?
Mais ainda, por que os papas marcam, com suas presenças, esse momento de oração?
Certamente
porque essa oração mariana contém em si o mistério da encarnação, o amor de Deus que
se faz um de nós e vem habitar em nosso meio, e a entrega de Maria, a nova Eva, para
em tudo fazer a vontade do Pai.
Rezar essa oração nos momentos em que iniciamos
um novo período do dia faz com que o mesmo período seja santificado, através de nosso
despojamento de nós mesmos, para que o Senhor aja em nós e nossas ações sejam suas.
Com isso, veiculamos sua presença no mundo, e entendemos porque o nome primitivo dessa
oração era “Oração da Paz”. (CAS)