Tegucigalpa, 14 jul (RV) - Desde o golpe de Estado em Honduras, em 28 de junho
passado, aumenta o número de clandestinos hondurenhos que entram no México fugindo
dos recrutamentos forçados feitos pelo exército.
A denúncia foi feita ontem
por várias ONGs que trabalham na fronteira entre os dois países. O Pe. Alejandro Solalinde,
que dirige em Ixtepec, no estado de Oaxaca, o albergue "Migrantes del Camino", disse
que cerca de vinte hondurenhos já requereram o status de "refugiados políticos". O
fenômeno é assinalado também por outras fontes.
No dia 9 de julho, a Comissão
interamericana de direitos humanos (organismo da Organização dos Estados Americanos)
se pronunciou a respeito. Sábado, foi a vez do ex-embaixador de Buenos Aires em Tegucigalpa,
Alfredo Forti.
O diplomata disse que “coronéis hondurenhos informaram que estão
sofrendo pressões por parte dos golpistas, e temem um banho de sangue”.
O
presidente venezuelano Hugo Chávez também falou de recrutamentos, afirmando que as
forças armadas hondurenhas dispõem de apenas 10 mil homens, e portanto, estão recrutando
homens à força, inclusive jovens. “Muitos reservistas – completou – estão deserdando
e se tornando clandestinos no México”. (CM)