Washington, 14 jul (RV) - "A crise econômica mundial levará de 8 a 13 milhões
de pessoas, na América Latina, abaixo do índice de pobreza", disse hoje a vice-presidente
do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, Pamela Cox.
Participando de
um seminário no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre
o investimento público como ferramenta de promoção do desenvolvimento econômico e
social, a executiva ressaltou que de 2002 a 2008, 60 milhões de pessoas saíram da
pobreza na América Latina. Com isso, o índice de pobreza no continente caiu de 45%
para 33%. Essa faixa engloba pessoas com uma renda abaixo de US$ 4 por dia.
Para
o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Márcio Pochmann,
os dados que o instituto possui sobre o Brasil apontam para a manutenção, este ano,
dos níveis de brasileiros acima do índice de pobreza nas regiões metropolitanas averiguadas
pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
"Em nossos dados, não dá para estimar aumento da pobreza. Se o período
pior já passou, fica difícil imaginar que a pobreza poderá aumentar este ano", ressaltou
Pochmann, lembrando que, para o IPEA, o índice de pobreza é de meio salário mínimo
para cada família. (MJ)