2009-07-11 13:08:44

VIOLÊNCIA EXTREMISTA NA SOMÁLIA


Nova York, 11 jul (RV) - A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pally, denunciou ontem, que as graves violações ocorridas na Somália podem ser consideradas crimes de guerra.

"É claro que, na Somália, se cometem graves violações dos direitos humanos e do Direito Humanitário Internacional, que podem ser consideradas crimes de guerra, enquanto os combates continuam arrasando a capital, Mogadíscio, e a situação no centro da Somália é muito precária" − declarou Navi Pally.

Com base em testemunhas ouvidas por funcionários da ONU, Navi Pally acusou as milícias islâmicas al-Shabaab, que combatem as tropas governamentais, de realizarem execuções extrajudiciais, enterrar minas terrestres, bombas e outros artefatos explosivos em áreas civis, além de terem usado civis como escudos humanos.

Segundo agências de notícias, as milícias islâmicas "Jovens Mujahedin", consideradas próximas a al-Qaeda, teriam decapitado sete pessoas, nos últimos dias, acusando-as de ser "cristãs e espiões". A mesma fonte acrescenta que, um mês atrás, os extremistas mataram outras três pessoas naquela área, aplicando uma norma da xariá.

As informações também citam torturas e disparos de morteiro de maneira indiscriminada, contra áreas povoadas e frequentadas por civis.

Nos últimos dois meses, cerca de 204 mil habitantes de Mogadíscio fugiram dos combates entre as forças oficiais da Somália e os rebeldes islâmicos, segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). (CM)







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