2009-07-11 13:07:27

ALIANÇA CATÓLICA "PARCIALMENTE SATISFEITA" COM DECISÕES DO G8


Bruxelas, 11 jul (RV) - No último dia de uma cúpula que alcançou poucos progressos em temas como mudanças climáticas, crise econômica e economia global, os líderes do G8 prometeram, ontem, uma ajuda de 20 bilhões de dólares para impulsionar a agricultura e combater a fome nos países pobres − um valor acima das expectativas.

Os Estados Unidos aproveitaram a reunião de líderes mundiais para pressionar em favor de uma ajuda à agricultura das nações pobres, e prometeram disponibilizar 3,5 bilhões de dólares, num programa de três anos de duração. Mas as nações africanas lembraram aos ricos que eles precisam "honrar seus compromissos".

A CIDSE − plataforma de organizações católicas para o desenvolvimento − saudou a iniciativa liderada por Barack Obama, de investir na capacidade agrícola no sul do mundo, congratulando-se pela atenção aos pequenos agricultores nos países em desenvolvimento, mas lembrando que os compromissos financeiros são insuficientes para alimentar os famintos do mundo.

"Hoje, um bilhão de pessoas vão para a cama com fome, porque o modelo econômico não está funcionando, e as alterações climáticas vão provocar o aumento da vulnerabilidade das populações mais pobres, que terão suas terras e solos degradados" – disse a CIDSE.

Segundo a Organização das Nações Unidas, o número de pessoas desnutridas aumentou nos dois últimos anos, e deve passar de um bilhão este ano, revertendo a tendência ao declínio registrada nas últimas quatro décadas.

"A ajuda alimentar é necessária, porque temos pessoas sofrendo por causa de secas, inundações e conflitos, e o que elas querem é ter logo alimento para comer" − disse o diretor da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Jacques Diouf, na cúpula do G8, em L'Aquila.

Da agenda conclusiva do encontro do G8, ontem, constava a discussão sobre a África. Aos chefes de Estado e de Governo do G8 uniram-se presidentes africanos, primeiros-ministros e representantes de organismos internacionais, para avaliar o impacto da recessão global nos países mais pobres do mundo. (CM)







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