PAPA: DEFENDER O MÉXICO DA VIOLÊNCIA E DO NARCOTRÁFICO
Cidade do Vaticano, 10 jul (RV) - O papa recebeu, na manhã desta sexta-feira,
em audiências sucessivas, o prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Giovanni
Battista Re, seu vigário-geral para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, e
o arcebispo de Colombo, Sri Lanka, Dom Albert Malcolm Ranjith Patabendige.
A
primeira audiência, porém, foi ao novo embaixador do México junto à Santa Sé, Héctor
Federico Ling Altamirano, para a apresentação de suas credenciais.
O papa
destacou a identidade do povo mexicano, que foi forjada com a mensagem de salvação
que a Igreja Católica proclama. Em especial, o papa citou o VI Encontro Mundial das
Famílias, realizado em Cidade do México, em janeiro deste ano, expressando sua satisfação
pelos frutos desse evento eclesial.
Bento XVI falou ainda, sobre as boas relações
entre a Santa Sé e o México, e mencionou os vários atos comemorativos do 15º aniversário
do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois Estados, decisão que amparou
e favoreceu a liberdade religiosa em todos os aspectos da vida pública e social da
nação.
Quanto à situação social, o pontífice destacou o empenho das autoridades
para enfrentar questões como a violência, o narcotráfico, as desigualdades e a pobreza,
que são campo fértil para a delinquência.
"Sabe-se que, para uma solução eficaz
e duradoura desses problemas, não são suficientes medidas técnicas ou de segurança.
Requer-se visão e a eficiente conjunção de esforços, além de propiciar uma necessária
renovação moral, a educação das consciências e a construção de uma verdadeira cultura
da vida" – argumentou Bento XVI.
Por fim, o papa declarou-se satisfeito com
a iniciativa de eliminar a pena capital da legislação mexicana, em 2005, assim como
as recentes medidas adotadas para proteger a vida humana desde a concepção.
Ao
presidente, Felipe de Jesús Calderón Hinojosa, ao seu Governo e a todos os mexicanos,
o papa transmitiu seus melhores votos, para que, enfrentando com valentia e decisão
as vicissitudes do tempo presente, o "querido povo mexicano" possa continuar avançando
pelos caminhos da liberdade, da solidariedade e do progresso social. (BF)