2009-07-10 18:22:52

Na Cimeira do G8 em L’Aquila, mobilização para combater a fome e garantir a segurança alimentar.


(10/7/2009) Os líderes do G8 comprometeram-se hoje a canalizar, nos próximos três anos, 20 mil milhões de dólares para ajuda ao desenvolvimento da agricultura nos países mais pobres, para que estes possam responder às necessidades alimentares das suas populações.
A decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, no final da sessão de trabalho que reuniu em L’Aquila os líderes das nações mais industrializadas, representantes das principais economias emergentes e de alguns países africanos convidados.
O valor acordado supera as expectativas iniciais, que apontavam para um pacote de ajudas no valor de 15 mil milhões de dólares.
A decisão representa uma vitória para a Administração americana, que queria aproveitar a cimeira em Itália para convencer os parceiros a privilegiarem a ajuda à agricultura em detrimento da assistência alimentar. Do pacote total de ajudas aprovado na reunião de hoje, 3500 milhões de dólares serão desembolsados pelos Estados Unidos.
No encontro desta manhã, os países africanos presentes recordaram que, além da promessa de novas ajudas, as maiores economias devem cumprir as promessas antigas. Na cimeira de 2005, o G8 comprometeu-se a aumentar os níveis de auxílio anual em 50 mil milhões de dólares (36 mil milhões de euros) por volta de 2010, indo metade desse dinheiro para os países africanos. Mas as ONG dizem que algumas potências não têm estado a cumprir o que prometeram, como é o caso de Itália, anfitriã desta cimeira.


Segundo as Nações Unidas, o número de pessoas que sofrem de malnutrição aumentou nos últimos dois anos e calcula-se que, no final de 2009, atinja um sexto da população mundial.
O G8, constituído pelos oito países mais industrializados do mundo - Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Japão, Itália, França, Reino Unido e Rússia -, convidou para a Cimeira de L'Aquila as cinco potências emergentes - África do Sul, Brasil, China, Índia e México - e os líderes de seis países africanos - África do Sul, Angola, Argélia, Egipto, Nigéria e Senegal.









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