GRIPE SUÍNA SE ESPALHA POR CINCO PAÍSES NA ÁFRICA SUBSAARIANA
Johanesburgo, 09 jul (RV) - Com o surgimento de dois casos em Zimbábue e um
na Tanzânia, chega a cinco o número de países da África Subsaariana com presença confirmada
da gripe suína − como é conhecido o vírus influenza A (H1N1): África do Sul, Quênia
e Maurício também registraram casos da nova gripe.
Dos dois primeiros casos
detectados em Zimbábue, um é o de um homem de origem asiática, que chegou recentemente
ao país e que está em quarentena num bairro da capital, Harare, informou a rádio oficial
do país, nesta quinta-feira.
O outro é um jovem de 18 anos que foi levado
à África do Sul para tratamento. A emissora citou declarações do ministro da Saúde,
Henry Madzorera, pedindo à população que "não entre em pânico".
A situação
da saúde em Zimbábue é muito precária. No ano passado, uma epidemia de cólera afetou
mais de 100 mil pessoas e deixou cinco mil mortos. O sistema hospitalar está muito
defasado, depois de dez anos de crise política, social e econômica.
As autoridades
da Tanzânia informaram que um estudante britânico de 17 anos foi confirmado como o
primeiro caso da gripe no país. O jovem está internado num hospital de Dar-es-Salam
e pertencia a um grupo de 15 estudantes que viajaram à Tanzânia no início do mês,
para realizar trabalhos voluntários.
Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS) pessoas com doenças relacionadas à imunodeficiência, como portadores de HIV,
correm maior risco diante da epidemia de gripe suína. Por isso, países com altos índices
de portadores de HIV − a maior parte na África − causam profundas preocupações à OMS.
O HIV e a nova forma da gripe também podem se mesclar de uma forma perigosa,
como ocorreu com o HIV e a tuberculose. Segundo estimativas da OMS, existem 33 milhões
de pessoas infectadas com o vírus HIV pelo mundo. (AF)