ACNUR e Amnistia Internacional comentam positivamente a encíclica Caritas in
veritate
(8/7/2009) A Caritas Internacional e as sedes italianas do Alto Comissariado das
Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e da Amnistia Internacional comentaram positivamente
a primeira encíclica social de Bento XVI Caritas in Veritate, publicada nesta
terça feira.
Em especial, o ACNUR manifestou apreço pelas palavras do Papa
sobre o direito dos imigrantes.
"O apelo aos direitos inalienáveis dos imigrantes
é de extrema importância num período em que as políticas de combate à imigração ilegal
não tomam em consideração os direitos humanos do indivíduo e, principalmente, dos
refugiados, pessoas que fogem da guerra e da perseguição" − afirmou a entidade, num
comunicado.
"Como recorda Bento XVI, é necessário governar o fenómeno migratório
através de políticas que respeitem, em qualquer situação, os direitos da pessoa" –
acrescentou o ACNUR, referindo-se à encíclica.
Do mesmo parecer é Amnistia
Internacional, que afirma: "Num momento em que os migrantes são vistos, muitas vezes,
como um problema, é de grande importância o convite do Papa a ter em consideração
os direitos que, hoje, estão em risco, devido à crise económica e profissional,
e de políticas para a segurança que confundem palavras como migrantes e clandestinos".
Por
sua vez, a secretária-geral da Caritas Internacional, Lesley-Anne Knight, elogiou
a encíclica, afirmando que foi publicada num momento-chave para o desenvolvimento,
em que décadas de progresso podem ser canceladas.
"A encíclica oferece passos
concretos que os políticos deveriam explorar, para nos colocarmos novamente na estrada
do verdadeiro desenvolvimento. A Caritas aprecia o pedido de Bento XVI em favor do
incremento das ajudas. No momento em que o G-8 se encontra em L'Aquila, países ricos
como França e Itália estão cortando ajudas aos mais pobres. Lançamos –lhe um apelo,
para que cumpram a promessa de destinar 0,7% do Produto Interno Bruto aos países em
desenvolvimento."