2009-07-07 14:14:24

MASSACRE DOS TRAPISTAS: A VERDADE, 13 ANOS DEPOIS


Argel, 07 jul (RV) - A morte dos sete monges trapistas ocorrida em março de 1996 em Tibhirine foi um erro do exército de Argel, e não uma ação do Grupo Islâmico Armado (GIA), como se acreditava.

A revelação foi feita nesta segunda-feira, por um general francês, François Buchwalter, atualmente reformado. Adido militar na Embaixada da França em Argel na época, ele recebeu confidências de um ex-militar argelino cujo irmão participou do ataque − de acordo com a imprensa francesa, que o cita como fonte.

"Os helicópteros do exército argelino sobrevoaram o acampamento do Grupo Islâmico Armado (GIA) e dispararam, atingindo os membros do grupo armado e os monges que eram seus reféns" – prossegue a revelação.

Os sete religiosos franceses foram sequestrados no final de março de 1996, de seu mosteiro, o Notre Dame de Atlas, no sul de Argel, região controlada pelas guerrilhas islâmicas.

Em 26 de abril de 1996, o Grupo Islâmico Armado reivindicou o sequestro dos monges e propôs trocá-los por militantes detidos. Em 23 de maio, o GIA anunciou ter decapitado seus prisioneiros − assassinados em 21 de maio − acusando o Governo francês de ter traído as negociações.

Em 10 de fevereiro de 2004, a Procuradoria de Paris instaurou um processo, com base numa queixa apresentada pela família de um dos monges, e pela ordem dos Cistercienses de estrita observância, conhecidos como Trapistas. (CM)







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