Cidade do Vaticano, 04 jul (RV) - Realizou-se de 1° a 3 deste mês, no Vaticano,
a 43ª Reunião do Conselho de Cardeais para o Estudo de Problemas Organizativos e Econômicos
da Santa Sé, presidida pelo cardeal-secretário de Estado, Tarcisio Bertone. O Conselho
é formado por 15 cardeais de todo o mundo (inclusive o arcebispo de São Paulo, Dom
Odilo Scherer). A eles, responsáveis de organismos e dicastérios, e auditores internacionais,
apresentaram o estado patrimonial da Santa Sé (seu ativo, passivo, capital e patrimônio)
e seus investimentos.
No encontro, o presidente da Prefeitura dos Assuntos
Econômicos, Dom Velasio De Paolis, ilustrou os resultados do balanço econômico da
Santa Sé, que fechou com déficit de 911.514 euros, uma situação bem melhor em relação
ao ano passado, quando o ‘vermelho’ foi de 9 milhões de euros.
As maiores ’saídas’
do balanço se referem principalmente às despesas ordinárias e extraordinárias dos
dicastérios da Santa Sé, de modo especial, a Rádio Vaticano; às obras realizadas para
a instalação de um sistema de células fotovoltaicas no teto da Sala Paulo VI, e à
manutenção do patrimônio artístico da Santa Sé, como as reformas na Capela Paulina
e nas basílicas papais de Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros, além da Biblioteca
Apostólica Vaticana.
Além do balanço, também foi apresentado o resultado do
Óbolo de São Pedro, constituído por doações ao papa, enviadas por fiéis de todo o
mundo. Apesar do incremento de doações por parte de dioceses, religiosos e Fundações,
o Óbolo também sofreu as conseqüências da crise. Conforme a tradição, os países mais
generosos foram Alemanha, Estados Unidos e Itália. Coréia e Japão também contribuíram
significativamente, se considerarmos o número de católicos. (MJ/CM)