PAPA E O DIÁLOGO ECUMÊNICO

Viena, 03 jul (RV) - "O pontificado de Bento XVI, acolhido com entusiasmo pelas Igrejas Ortodoxas, uma vez que o papa é um grande conhecedor da teologia dos nossos "pais", foi decisivo para a recente e positiva reviravolta" no diálogo ecumênico: foi o que afirmou o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, durante um encontro realizado em Viena, Áustria, numa iniciativa da arquidiocese local e da fundação "Pro Oriente".

O purpurado alemão – refere o jornal vaticano "L'Osservatore Romano" em sua edição de ontem – falou do diálogo entre Oriente e Ocidente e ilustrou "os esforços e a labuta necessários para uma reaproximação entre católicos e ortodoxos", evidenciando, sobretudo, a "reviravolta" dos últimos anos. O próximo encontro será no mês de outubro, em Chipre.

"Ninguém pode – disse o Cardeal Kasper a propósito – racionalmente, esperar resolver todos os problemas em Chipre. No terceiro milênio – advertiu – apesar dos vários progressos desenvolvidos pelos Concílios Vaticano I e II, temos ainda muitas dificuldades diante de nós."

Daqui a hipótese de retomar as sugestões de João Paulo II na encíclica "Ut unum sint", de 1995, para "uma forma de exercício do primado que seja aceitável para ambas as partes, garantindo a substância do dogma: proposta acolhida também por Bento XVI, na sua visita a Istambul, em novembro de 2006. (SP)